O silêncio pode falar muito, pode significar muitas coisas diferentes...
Às vezes o silêncio é indiferença, é a maneira de mostrarmos que algo não nos interessa.
Alguns silêncios são raiva, em uma tentativa de ferir a pessoa objeto da raiva com uma pretença ( já que visivelmente falsa) postura de indiferença.
Alguns silêncios são mágoa, e uma tentativa de nos afastarmos de alguém que nos causa dor...
O silêncio também pode ser amor, e então ele se faz porque as palavras tornam-se desnecessárias.
Pode ser também a tentativa de não nos tornarmos repetitivos, redundantes, pois aquilo que deveria ser dito, foi tido... e então continuarmos a falar é desperdiçar palavras no vazio.
O silêncio também pode ser compreensão, a nossa maneira de aceitarmos as pessoas e coisas como são, sem sobrecarregá-los com nossas expectativas.
E algumas vezes, talvez deva completar, algumas POUCAS vezes, o silêncio é paz.
Ouça o som do meu silêncio.
Ele não é indiferença, mas te fala de algo que não me interessa. Ele é raiva, às vezes, devo admitir... às vezes de você, às vezes de mim, às vezes da vida ou destino, mas serei sincera em admitir que ela, a raiva, está lá...
E é mágoa, e tristeza... E te garanto, muito, muito amor.
E calo para não me repetir, sim, pois tenho a certeza que você já conhece de cor os meus pensamentos e sentimentos... já falei deles para você tantas e tantas vezes que até eu estou exausta de ouví-los.
E é a minha tentativa de compreender e aceitar; de esvaziar a minha mente das expectativas e desejos. Respeitar as minhas e as suas limitações... Embora seja essa a parte mais difícil disso tudo.
Ouça o som do meu silêncio...
Ele é o único modo que achei de te amar e continuar me amando...
E não, ele não é paz... ainda.
A tempestade não passou e as águas ainda estão revoltas... mas elas irão se acalmar um dia, e essa é a minha tentativa de permitir que esse dia chegue... para todos nós.