sábado, 16 de outubro de 2010

De repente...30!


Ano passado, nesta mesma época, estava em crise.
Fazendo 29 anos o tempo parecia ter passado tão rápido e tão pouco havia sido realizado...

Verdade, o tempo passou rápido... e neste ano, 30!

Não, não casei aos 20, como dizia que ia fazer quando era criança (ufa! que bom!)

Não tive meus dois filhos aos 22, e 24 anos (e por isso pude fazer não uma, mas duas faculdades), na verdade, não tive nenhum ainda (mas quem está com pressa?)

Não encontrei o principe encantado (mas o tempo me ensinou que ele não existe... principes viram sapos, e não o contrário, por isso é melhor esquecer a idéia de perfeição...)
Encontrei, apesar disso, uma Renata que, longe de ser a princesa no alto da torre esperando ser salva, doma seus próprios dragões (pra que matá-los, eles voam e podem te levar muito mais longe), luta suas próprias batalhas e cria as leis de seu mundo... (e talvez só tenha conseguido encontrar essa Renata porque o principe não apareceu).

Não encontrei a serenidade, calma e paz que esperava ter até os 30... Tenho que me lembrar frequentemente que devo tentar manter a mente aberta, a espinha ereta e o coração tranquilo - a mente ainda espera que os outros sigam minhas altas expectativas, a coluna dói devido à péssima postura e o coração vive de altos e baixos como numa montanha russa - (Mas aprendi a aceitar que as pessoas são o que são e escolher as que quero perto de mim; aprendi a aproveitar ao máximo os altos e aprender com os baixos, e que no final a única certeza é que ambos vão passar; e a coluna... é, tenho que fazer alguma coisa para resolver isso...)

Não, minha vida não é como eu imaginava, aos 12, que seria quando fizesse 30 anos - e descobri que é muito melhor!

Sim, ainda há um longo caminha à percorrer...

Sim, sair dos vinte e poucos é uma grande mudança... mas quem disse que é pra pior?

Afinal, é aos 30 que o jogo começa a ficar interessante, não é?



"Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.

Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.

Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade…
Já tive medo do escuro, hoje no escuro “me acho, me agacho, fico ali”.
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.

Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de “amigo” e descobri que não eram… Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para SEMPRE!

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.

Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? Eu adoro voar!" — Clarice Lispector

Um comentário:

Vivi disse...

Rê, lembra dos Friends - 31 é a melhor idade! Vamos para Nova York em 2011? Beijossss

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Vai ter mulher descendo até o chão sim Dançando funk, axé ou samba... ballet até, quem sabe? E não importa se ela é deputada, ministra, advo...