domingo, 19 de dezembro de 2010

Razão e Emoção

Texto inspirado (e dedicado a) em uma conversa com alguém  que eu admiro muito... Bjos pra vc!!

Que o ser humano vive em uma eterna luta entre razão e emoção é inegável, e a aposta geral é que a emoção ganha.

Nossas emoções são, na maioria das vezes, fortes... esmagadoras...
A paixão queima
A tristeza sufoca
A raiva ferve
A alegria transborda
O medo paraliza...

E a razão, por mais que tente argumentar, na maioria das vezes não consegue superar essas emoções...

Ás vezes nossa razão vem acompanhada de uma carga emocional muito forte, por nossas crenças e valores, que podem acabar por equilibrar a equação... Cria-se então uma inatividade, um acordo, uma formação de compromisso entre razão e emoção, no sentindo de tentar agradar ambas as partes, criando uma inércia ao mesmo tempo angustiante e confortadora. Nem razão nem emoção estão totalmente satisfeitos, mas também não foram contrariadas totalmente...

Isso acontece quando nos damos desculpas, quando conseguimos argumentos para justificar agir de uma determinada forma, ou quando simplesmente não agimos nem guiados pela emoção, nem pela razão. Ficamos parados deixando a situação coimo está, deixando o tempo correr...

Em algum momento porém, algo irá desequilibrar a balança para um dos lados...

Nossas ações são então, no geral, guiadas pelo imediatismo... Se o prazer é algo mais tangível, seguimos nossas emoções e "quebramos as regras"... Se a possibilidade de algo de ruim acontecer for mais tangível, seguimos o medo, e não as "quebramos"

As regras... Regras de quem?
Vivemos seguindo regras criadas históricamente, muitas vezes com objetivos bastante complexos por trás. Independente de, individualmente, acreditarmos nelas ou não, estes certos e errados vão se tornando reais pelas consequências decorrentes de a grande maioria das pessoas acreditarem ou não nelas. Como vivemos em sociedade, não seguir estas regras passa a significar a possibilidade de causar sofrimento a pessoas que acreditam na importância dessas regras.

E aí criamos o impasse: como seres humanos, tendemos a buscar o prazer e evitar a dor. Existem momentos, porém (e em sociedade não são poucos) em que buscar o prazer pode significar causar dor em alguém que amamos (o que é algo que causa culpa (dor) - pelo menos nos seres humanos 'normais'); e então prazer e dor se misturam...

Tirando toda a parte moral da equação, a melhor (embora não única) maneira de solucionar o impasse é através da razão... Através da simples pergunta: "Quais podem ser as consequências das minhas atitudes (em qualquer direção), e estou preparado (a) para lidar com estas consequências?"

Neste ponto, acredito na máxima de Paulo de Tarso - "tudo posso, mas nem tudo me convém". Não por ser moralmente correto ou incorreto - já deixei claro que não acredito em certo e errado - mas porque ser responsável é estar preparado para lidar com as consequências, e, se minha emoção irá me levar a uma ação que poderá resultar em consequencias com as quais eu não saberei lidar, então o mais responsável é buscar uma outra solução, com consequências com as quais saberei lidar.

2 comentários:

Alma e Mente disse...

Oi Rê,

Perfeito. Quebrar os paradigmas e colocar nossas verdades não é fácil porém o mais difícil é como nossas verdades vão ser tratadas e como reagiremos às criticas e retaliações da sociedade?

Saudade de tí ... Um Feliz Natal e um 2011 cheio de novas idéias e coragem !

Adoro seguir seu blog, não demore para postar novos textos não ...

Bjo Grande,

Luis

Renata Peixoto disse...

É verdade Lú... o problema é o grau de responsabilidade que quebrar paradigmas exige...

Respeito

Vai ter mulher descendo até o chão sim Dançando funk, axé ou samba... ballet até, quem sabe? E não importa se ela é deputada, ministra, advo...